No início dos anos 90 acompanhei nas rádios e em fitas k7 grandes sucessos do funk carioca em lançamentos como o Rap Brasil 1, 2, 3 etc. Naquela época estourava sucessos como o Rap do Silva, Cidade de Deus e outros. Não se assuste com o que vou dizer: Eu gostava. Até hoje atiça minhas nostalgias. Baixei alguns daqueles raps “das antigas” no emule recentemente. Não curto mais, entretanto veio-me em mente uma questão. Nada é tão ruim que não possa ser piorado. Naquela época o fuck carioca não era bom
-eu que não tinha bom gosto e nem muitas opções, sem falar que as influências contam muito, todos meus coleguinhas ouviam - mas certamente hoje é bem pior . Muitos destes estagnaram e estão nos “pi-ri-ri-pom-pom” ou nas eguinhas pocotós da vida, drogas bem mais pesadas. Em 1996 um acontecimento salvou a alma de muita gente. Renato Russo morreu e ganhou inúmeros fãs, cujos um amigo meu da época os chamou de
fãs-pós-morte, tinha até sigla e tudo FPM. Muitos adeptos da suingueira (espécie de avacalhação do pagode), que surgiu mais ou menos no mesmo contexto, passaram a ouvir a Legião... mas o efeito do remédio passou e hoje a mesma patologia se apresenta. Existe no Rio de Janeiro uma criatura que se chama Tati Quebra-Barraco. Ela tem muitos fãs. E em suma, canta e fala um monte de besteira. O que me assusta é que ela representa a evolução do funk carioca, assim como uma Lacraia e a tal eguinha Pocotó... se esta evolução ainda tiver acontecendo me pergunto: Que outros bichos virão por aí, meu Deus!? Será que essas doenças não correm o risco de virem com mutações com poderes epidêmicos... sendo assim quem estará a salvo?