quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Clásse Média é Mediocre, isto é Óbvio!

Quis eu atualizar minha página na web, assuntos não me faltaram. O que me foi caro, ou difícil até aqui é tentar fazer uma abordagem com no mínimo, uma dose de originalidade, não digo original no sentido de esplêndido, magnífico, mas me refiro a questão de explicitar o meu ponto de vista e não meros plágios ou banalidades quaisquer...
Dessa vez vou pedir licença para apenas transcrever a letra de uma música ao meu ver sublime na forma de abordar um tema tão instigante ... é uma dica, não posso me furtar de lhes contar as novidades ...
Além de citar a letra deixo o link do vídeo no youtube,
Um presente a meus leitores
Trata-se da música “Classe Média” de Max Gonzaga

Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal

Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos”
E vou de carro que comprei a prestação

Só pago impostos,
Estou sempre no limite
do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo
um pacote CVC tri-anual

Mais eu “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda
a periferia toda
Mas fico indignado
com estado
quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado
que me estende a mão

O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol

Mas se o assalto é em Moema
O assassinato é no “Jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim

Ai a mídia manifesta
a sua opinião regressa
De implantar pena de morte,
ou reduzir a idade penal

E eu que sou bem informado
concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência
e a tiragem do jornal

Porque eu não “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Quem vai pagar o pato?

É muito comum no Brasil se confundir algo que é de todos como que seja algo que não é de ninguém. Não há um verdadeiro senso do que seja público, muito pior do que isso é quando se trata o que é de todos como se fosse apenas seu. Há muitas atitudes por parte de inúmeros administradores que são extremamente provincianos. Às vezes fingem que não existe um troço chamado Lei de Responsabilidade Fiscal. É uma verdadeira roubalheira o que acontece na maioria das cidades do Brasil, isso tudo nas barbas dos órgãos competentes de fiscalização e denúncias. Nós aqui ainda achamos que existe almoço grátis. Felizmente todos podem ter ao menos luz: até as 18h quando o sol se põe. O pouco que é investido é muito saqueado e quem paga o pato: o mais fraco e o pior é que o coitado não prova nem do caldo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O que é mais inteligente: o livro ou a sabedoria?

Quem já ouviu a música “Gentileza” de Mariza Monte? Muitos, eu sei. Mas quem já parou para observar de que se trata? Eu também não havia percebido até que um amigo, Baltazar Nogueira, me informasse e inspirasse essa postagem. Para quem não está lembrando eis a letra e em seguida sua história:

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca

Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza

Por isso eu pergunto
A você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta

A música é de uma agradabilidade sublime, observemos a penúltima frase: Amor palavra que liberta. Marisa Monte fala de uma pessoa, José Datrino, chamado Profeta Gentileza ou Jozze Agradecido nasceu em Cafelândia interior de São Paulo no dia 11 de abril de 1917 e faleceu em Mirandópolis também em São Paulo no dia 29 de maio de 1996 tornou-se conhecido a partir de 1980 por fazer inscrições peculiares em mais de cinquenta pilares de um viaduto no Rio de Janeiro, onde andava com uma túnica branca e longa barba. As suas inscrições pregava a paz, a solidariedade o amor e sobretudo, a gentileza ... certo dia passaram tinta sobre as palavras de Gentileza , mas elas já foram restauradas pela Prefeitura do Rio de Janeiro e hoje é um pratimômio cultural da cidade ...portanto eis uma boa dica a você no mundo, leitor: quem nunca ouviu, ouça agora e quem já ouviu, ouça com mais atenção ... viva com mais Gentileza ...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Viva a nossa plutocracia

Há alguns anos no Brasil vigorava o voto censitário, ou seja, votava quem tinha dinheiro, hoje a coisa inverteu-se, na nossa democracia imperfeita, pode votar liso, falido,mulher, homem e até quem nem sabe o que diacho é isso, também pode mas, só elege-se quem tiver grana. Pra se ter uma idéia um ex-secretário da prefeitura de Barras alhures confessou-me ter gasto R$ 50.000,00 no pleito eleitoral e não foi eleito vereador, imagine o Prefeito, o deputado o governador, o presidente? É algo espantoso! As cifras passeiam pela casa das dezenas de milhões, isso o que é revelado. Sem falar nos caixas dois,três, quatro etc. isso não é privilégio nosso, sei disso, mas temos muita miséria, muito gente com quase nada para esbanjarmos tanto dinheiro assim, explicitando claramente(a redundância é proposital) uma ladroagem. Falo ladroagem por que para mim os termos improbidade, corrupção, indecoroso eufemizam o caráter de muitos ladrões. Há exceções, mas são raríssimas. Como as regras não são feitas de exceções digo nós somos uma plutocracia, somos governados por quem tem dinheiro. Somos uma gente roubada a cada segundo, saqueada, enganada, por que aqui para muitos, honestidade é virtude. E isto é errado. Honestidade é obrigação, como diz Lia Luft. Sei que tudo o que hoje a mídia informa não é novo. Getúlio Vargas matou-se por pressão de Lacerda, que a cada dia denunciava seu governo mergulhado em escândalos e ladroagem. Saiu da vida, entrou na história, mas esta revisada não deixa de narrar: Vargas foi ladrão. Entendemos como ladrão aquele que usufrui daquilo que não é seu, sem o consentimento do dono. Republica, quer dizer coisa pública (res=coisa),ou seja, de todos e não de um grupo ou indivíduo. Todos devemos participar do ônus e do bônus, mas essa regra é severamente escanteiada. Relembrando um pouco Maquiavel, muitos de nossos políticos “chegam ao poder mas não a glória”.
Powered By Blogger

Quem sou eu

Minha foto
Formado em história, mestrando em educação. Educador social (trabalho com prevenção às droga) Tenho como hobby, a dramaturgia, escrevi algumas peças teatrais e tenho um livro publicado nesta área.