quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE O ÓBVIO


Estando com apenas um fósforo na caixa num ambiente de parca iluminação, tendo a disposição uma vela, uma lamparina e uma fogueira o que você acenderia primeiro? Dizem os mais espertos que é necessário ver as coisas com mais profundidade e que a capa muitas vezes não é tão representante do conteúdo do livro. Sim isto é razoável. Newton não usou os telescópios de Copérnico pra afirmar: massa atrai massa. Estudando a queda de objetos e o sistema solar, propôs que massa atrai massa. Não se sabe ao certo o porquê até hoje, mas esse é um fato. E o que teria o levado a essa conclusão? A queda de uma maçã. Sim. Por que não? Isso, sem dúvida alguma, pelo menos é um bom exemplo pra se entender a lei da gravidade.
Vejamos a piada a seguir:


Sherlock Holmes e o doutor Watson vão acampar. Após um bom jantar e uma garrafa de vinho, entram nos sacos de dormir e caem no sono.
Algumas horas depois, Holmes acorda e sacode o amigo.
_"Watson, olhe para o céu estrelado. O que você deduz disso?".
Depois de ponderar um pouco, Watson diz:
"Bem, astronomicamente, estimo que existam milhões de galáxias e potencialmente bilhões de planetas. Astrologicamente, posso dizer que Saturno está em Câncer. Também dá para supor, pela posição das estrelas, que são cerca de 3h15 da madrugada… O que você me diz, Holmes?".
Sherlock responde: "Elementar, Watson, seu idiota! Alguém roubou nossa barraca!"

É possível entender as coisas pela regra geral “observe com mais profundidade”? Também não. Difícil não aprender as regras e sim as exceções que cada uma trás no bojo. É possível assim decretar a falibilidade das fórmulas generalizantes. Para enxergar o distante se faz necessário ter em vista o palmo a frente do nariz.
Em relação a pergunta feita no início do texto, a resposta não poderia ser mais simplória, você tem que acender primeiro o próprio fósforo.

O buraco começa da superfície. Uma importante atitude seria ver além do óbvio, mas sem deixar de considerá-lo

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Meras questões

De todo começo se espera que venha com boas perspectivas de fim.
E das manhãs de primavera, perfume de jasmim!
Nunca pode sonhar quem não dorme
Nem dormir quem não se apercebe de um sonho
E o que dizer das noites que engendram dias funestos?
Penso que deveriam ser abortadas num fosso atlântico antes das seis
E o que dizer dos dias que levam tristezas noite a dentro?
Penso que deveriam ser suspensos no Nepal.


E quem vai responder:


O que dizer das aves que não voam
Que são menos importantes
Ou que tem os pés mais no chão?


Para onde vão os amores que morrem?

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E onde estão os amores que vão nascer?

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Onde enterro o nosso amor que morreu?

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Onde jaz a paz do Iraque?


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Como enfartam aqueles que não têm coração?

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Por que são duplos alguns órgãos
Como rim, pulmão...é suficiente um só coração?
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Quem sou eu

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Formado em história, mestrando em educação. Educador social (trabalho com prevenção às droga) Tenho como hobby, a dramaturgia, escrevi algumas peças teatrais e tenho um livro publicado nesta área.