quarta-feira, 7 de março de 2012

HABEMOS REITOR?


Já se viu a fumacinha branca na reitoria da UFPI. A chapa do Rei, digo do Reitor, Luis Júnior, já foi anunciada. Trata-se dos professores Arimateia Lopes, de química e Nadir Nogueira, de nutrição. O professor Edwar Castelo Branco do Departamento de Geografia e História e atual vice-reitor, rompeu já há algum tempo com a reitoria e ao que tudo indica, vai novamente engrossar as fileiras da oposição. Apenas para recordar, foi Edwar, numa noite memorável em 2004, que anunciou a cândida candidatura de Fonseca Neto... Proclamando em emoções de tons arrefecidos que tinha orgulho de ser amigo do Professor Fonseca e de poder contribuir para que o mesmo vencesse as eleições... “Porque és tu Fonseca, que representa essa nossa luta histórica”, disse ele.  Pois bem, Fonseca perdeu as eleições. Quatro anos depois Edwar mudou de lado, aliou-se a CanDITADURA de Luis Junior e elegeu-se Vice-reitor. Naquela ocasião as novas regras impediram Fonseca de pleitear novamente a reitoria, visto que a partir de então se exigiu o título de doutor, por isso as oposições uniram-se na figura do professor Solimar, que não vingou. Luis Júnior continuaria, agora com Edwar, sua dinastia. Mas como sempre centralizando tudo, a majestade nunca chamou seu Vice o disse ao menos, “Ed, Vá ali e assine isso.” Ou “Ed, Vá ali e me represente”. Nunca isso aconteceu. Era como se ele não visse Edwar, era como se Edwar não fosse vice. Edwar Castelo Branco, de cabelo Branco de esperar, chutou o balde e abandonou o Castelo.
As oposições já estão se organizando. Alguns nomes já são ventilados. Um representante forte seria o professor Washington Bomfim. Que ainda não decidiu se vai encabeçar a chapa. Experiência administrativa não lhe falta. Seriedade e honestidade também não. O que falta na verdade, independe dele, trata-se da comunidade acadêmica da UFPI, sobretudo professores e funcionários, que insistem em continuar com esse velho esquema, esse grupo de amigos que perpetua a corrupção nesta Universidade, pensar mais na instituição e dar um basta nisso.  Há tempos os alunos querem mudar, mas a forma segmentada de eleição não permite. Para vencer o candidato tem ter votos dos três segmentos, professores, alunos e funcionários. Para se ter uma ideia, em 2004 Fonseca Neto no cômputo geral teve mais votos que seus dois adversários, mas mesmo assim ficou em último lugar, visto que só venceu no segmento discente.
Na UFPI historicamente oposição não ganha e se ganha não leva. Lá impera a perpetuação de um esquema indestronável, de um rolo compressor cuja infalibilidade é incontestável. Os reitores sempre escolhem seus sucessores e o povo fica bestializado. A comunidade acadêmica, arcaica e anêmica cabe apenas referendar o nome que sai do bolso supremo e divino do Reitor.
As eleições para reitoria se aproximam, se Washington aceitar, rogamos que tenha um Bomfim. Mas, parafraseando Caetano Veloso, resta-me perguntar “Será que nunca faremos senão confirmar, a incompetência dessa UFPI corrupta, que sempre precisará de ridículos tiranos. Será, será, que será? Que será, que será? Será que esta minha estúpida retórica, terá que soar, terá que se ouvir por mais zil anos?”
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Quem sou eu

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Formado em história, mestrando em educação. Educador social (trabalho com prevenção às droga) Tenho como hobby, a dramaturgia, escrevi algumas peças teatrais e tenho um livro publicado nesta área.