No centro, na periferia, nos subúrbios, nos arranha-céus, nas simples casas de taipa, nas luxuosas mansões da zona leste de Teresina, ela está em todo lugar: a pedra. Mas não falo da pedra, material de construção, falo de uma que faz justamente o inverso, destrói, falo do crack. Em dez segundos ela chega ao cérebro e em pouco tempo ela faz do usuário um verdadeiro zumbi. Está cada vez mais comum assistirmos as cenas lastimáveis que esta pedra vem proporcionando. Em meio a esse problema surgem discursos de todo lado e de vário feitio e circunstância. “isso resolve”, “isso não resolve”, “isso é certo”, "isso não é certo”... mas o certo é que ninguém ainda sabe como enfrentar a drogadição, sobretudo a dependência do crack. Não são poucas as falácias, as fórmulas mirabolantes, assim como também são inúmeros os que simplesmente cruzam os braços, até que o problema também chegue até ele de forma mais direta. Enquanto um morre, vítima das drogas lá na vila Irmã Dulce, o magnata lá do Jockey diz: “Tô nem aí”! Mas basta acontecer algo com ele, ou com um filho seu, que ele começa a estrebuchar: “Essa cidade tá um caos! Porque não se diminui a idade penal?”. A mídia preocupada faz campanha contra as drogas entre um anúncio e outro de uma caninha, pinga ou cerveja, sem falar do chamamento hipnótico e cruel ao consumismo, “compre batom, compre batom, seu filho merece batom!”. Querer acabar com as drogas é um expediente ineficaz. Elas sempre existirão. O foco deve voltar-se para diminuição da demanda. Devemos começar pela eliminação dos paradoxos de nossa sociedade . “A mão que afaga é mesma que lança a pedra”. A chuva que fertiliza a drogadição, vem de todos os lados: estado, mídia, família, escola... Não é simplemente a droga que temos que enfrentar, é a inércia de muitos e a contradição de todos.
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3 comentários:
...www.tenentensantos1787@blogspot.com NSANTOS disse...
CRIPTONITA!!! Boa, Waldílio, muito oportuno este tema. Será que em meio a tanta "falácia" surgirá uma idéia que seja aproveitável? Uma em que se resuma em resultado concretos onde a preocupação seja com a pessoa não meremente números com intereses eleitoreiros. Pago pra ver.
Waldilio !Antes nem se falava nessa "CRIPTONITA" o negócio era o baseado: A maconha!! como podemos aceitar ..essa "modernização"; essa mudança de "estágio" tão rápido. Cadê o poder público ? Cadê os projetos dos Governos ? Essa situação está se configurando caso de saúde pública !!!!!!!
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