segunda-feira, 11 de abril de 2011

Bullying: um mal silencioso

Numas de minhas andanças pelas escolas do Piauí, batendo papo com jovens, nesta ocasião específica, pelo projeto Língua Solta, de minha amiga Maia Veloso, no qual colaboro, perguntei aos alunos, “Vocês sabem o que é bullying?” e um garoto de uns dez anos de idade respondeu, “Sim! É aquela vasilha de fazer café”. Levando-se em consideração que bule e bullying são quase homófonas, pareceu-me razoável a resposta do menino e um tanto engraçada. Reporto-me a isso para dizer o quanto esse tema ainda precisa ser debatido nas escolas, nas famílias, nos cursos de formação de professores, pois há muita gente sofrendo e morrendo por falta de intervenções preventivas adequadas. Muita gente ainda confunde bullying com brincadeiras típicas de escolares, um ledo engano visto que não há brincadeira se alguém está sendo incomodado. O bullying é mais antigo do que se pode pensar, surgiu com a própria escola e caracteriza-se como um problema nas relações interpessoais geralmente nas escolas, onde prevalece a lei do mais forte, que oprime alguém em situação indefesa. Existe em toda escola e de certa forma todos nós já participamos desse ato, seja como vítima, como agressor ou simplesmente como testemunha. No decorrer do bate papo quando falei pro jovenzinho, no bom português, que bullying é “caçar-conversa”, caçoar, xingar, por apelido, bater, dar um gelo e outras coisas do tipo, ele disse: “Ah! Tem muito isso aqui na escola”.  

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Quem sou eu

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Formado em história, mestrando em educação. Educador social (trabalho com prevenção às droga) Tenho como hobby, a dramaturgia, escrevi algumas peças teatrais e tenho um livro publicado nesta área.