Vamos muito ouvir falar em
"sepultamento da ética" neste pleito político eleitoral que se
aproxima. Só gostaria de saber quem a exumou e a ressuscitou para que esta
novamente fosse assassinada. Seria ela, Quincas Berro D’água, personagem de
Jorge Amado que morre mais de uma vez? A política partidária há tempos
tornou-se um Vale-Tudo e onde tudo vale, na verdade há algo que não tem valor.
É justamente ela: a ética. A ética, como um campo particular do caráter e da
conduta humana, exige certos princípios que nem o Cândido de Voltaire ou seu
mestre, Doutor Pangloss, conseguiria enxergar numa disputa eleitoral nos moldes
da nossa, a brasileira. E o mais engraçado, ou trágico, é que muitos políticos
do Piauí, mesmo depois de saborear o néctar do Poder e também ter tido a
oportunidade de poder oprimir, segue com o discurso do oprimido. E muita gente
sem se dar conta continua referendando tais disparates (uso “disparates” para
seguir eufemístico, neste caso, ultra-eufemístio, no limiar da injustiça). Às
veze penso que certas posturas do eleitor brasileiro, do tipo crer neste
“esquerdismo”, supostamente instalado por aqui, é um tanto kafkiano, ou seja, chega
a revelar um contexto existencialmente absurdo. Quanto a ética, na política
eleitoral, há tempos puseram a lápide sobre ela, ela mesma é uma pedra no meio
caminho. Um obstáculo a ser desviado. O que dizer de um pensamento político que
sustenta suas bases numa guerra deliberada a um partido? E de uma ideologia que
só sabe se alimentar de Poder? Qual a vida-útil desse discurso “salvador”
inexorável que há Dias se vê no Piauí? Essa “máscara gelada” seguirá incólume?
Traições, corrupções, falácias, demagogias e CovarDias também podem levar ao
poder, mas nunca à glória.
domingo, 1 de julho de 2012
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Quem sou eu
- Waldílio Siso
- Formado em história, mestrando em educação. Educador social (trabalho com prevenção às droga) Tenho como hobby, a dramaturgia, escrevi algumas peças teatrais e tenho um livro publicado nesta área.